Escrito em um desses momentos em que a alma luta para encontrar um motivo que faça o corpo respirar.
Na esperança do recomeço descanso
O recomeço que alcança a paz
Confortado por palavras brandas
De amor, carinho e serenidade
Futuros parecem tão distantes
Àqueles que esperam o cumprir
Mas que dias os levariam além
Se não os da prova e da dor pelo porvir?
Só nos resta a esperança
Que é a fé massacrada pelo ardor
Fé tão fortemente combatida
Que até diminuída parece
Mas ressurgirá das cinzas
A imortal honra humana
Do ser humano mais leal
Que da justiça faz seu norte
O amanhã tem seu dono
Assentado sobre o destino
Coroado de dignidade e paciência
Absoluto, incontestável
Ah, esperança que nos sustenta!
Teus ventos conduzem nossos barcos
Barcos dos até aqui vistos homens derrotados
Deitados, fadados ao fracasso
Nós apenas deitamos, descasamos
Dormimos ao balanço das águas
Esperando chegar ao porto seguro
Nosso Salvador, nosso Senhor
Que pacientemente nos aguarda
Com belos braços largamente estendidos
De extremidades visivelmente marcadas
Por dores e injustiças maiores que as minhas
Assim como Suas dores passaram
As minhas de igual forma irão
Voltarão pelas mesmas águas em que me acompanharam
Até que no horizonte desapareçam embaçadas
Com lagrimas nos olhos voltaremos a Ele
Perguntaremos como chamá-lo
E Ele mesmo é quem nos responderá:
Eu vos conduzi até aqui, meu nome é Jesus, o Justo.
Thiago Meirelles
22/01/2009
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário