Tive vontade de escrever em meu blog uma coisa qualquer, algo
que lhe faça valer o nome, a existência de ser para ser nada certo. Nada ao
certo. Como se para ser bastasse ser, independente do que. Como se a vida fosse
um invólucro e o viver, conteúdo, essência. E o tempo a ressecar-lhe, ressuscitar-lhe.
E por falar em tempo, que beba do seu próprio veneno e
cure-se com seu próprio remédio: tempo dado ao tempo para que se prolongue.
Seja para si próprio benção e maldição, que prove os opostos postos em si, sem
dó. Que reverencie os homens, temporais que são, que o desafiam, provando a
deuses e homens o valor de um momento, recorte da eternidade.
Sendo assim, que a eternidade os carregue com seus momentos, leve
seus ventos, invente seus eventos.
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